top of page

           Da família Sanford, a mais distante notícia está em uma escritura no Condado de Essex – Inglaterra em 1240, que cita vários nomes dos Sanford, todos descendentes de Richard Sanford.

           Do Condado de Southampton – sul da Inglaterra, embarcaria em 1634 para a América do Norte – Colônia de Jamestown na Virgínia, os irmãos Pioneiros de todos os Sanford nos Estados Unidos, Robert Sanford e Thomas Sanford.  Este ultimo ascendente dos Sanford do Ceará .A colônia na Virginia foi a colônia financiada pela Corte Inglesa(ferreiros , serralheiros , vidraceiros , profissionais liberais) ao contrário das colônias mais ao Norte que eram de protestantes.

         John Roshore Sanford era o filho mais velho do casal Carl Smith Sanford, de origem inglesa e de Susan Clarin Roshore, de origem francesa, ambos nascidos em New York. Do casamento do casal Carl Smith Sanford e de Susan Roshore nasceram seis (6) filhos: John, William, Susan, Mary, Carl Jr e Lavinia(Lili).

         “O mais velho dos irmãos Roshore Sanford – Mr. John Roshore  Sanford , nascido na cidade de New York no dia 12 de março de 1864 , Clemont Av.431 , depois de cursar o Instituto Politécnico  de Brooklin , ao completar 25 anos de idade,portanto em 1889 , precisamente no dia 12 de setembro de 1889 , viajando pelo navio “Aliance”, deixava a cidade de New York , sua terra natal , com destino ao Brasil , Estado de Pernambuco , cidade de Recife , onde deveria empregar as suas atividades comerciais em favor da poderosa firma industrial Norte-americana _ Keen Sutterly & Co.,de Filadélfia , compradora de couros e peles de animais domésticos , principalmente peles de caprinos e ovinos , para alimentação da sua grande industria de curtumes , instalada naquela mencionada cidade estadunidense.

        O navio “Aliance”, que zarpara de New York no dia 12 de setembro de  1889 , ancorou no porto de Recife no dia 26 do mesmo mês e ano”.(A Família Sanford no Ceará – Paulo de Almeida Sanford). 

         O exemplar deste livro,encontra-se também disponível no Genealogy Room em Washington.

         A capa do passaporte de John Roshore Sanford confeccionada em couro não chegando aos 10.000 exemplares expedidos em toda a história dos USA. RARÍSSIMO (pertence à Maria Carneiro Sanford ). STANDFOR-SANDFORD-SANFORD(3 grafias diferentes da mesma palavra).Passaporte expedido em New York, em 18 de agosto de 1889, seu nome está grafado: SANDFORD.

            Na sua chegada ao Brasil, em 26/09/1989, o Império inflava com os ideais republicanos e o nosso ancestral maior, relatou que sua primeira expressão pronunciada em português  foi: “Viva o Republica”. Sempre trocou os artigos e sempre chamou a esposa Minerva de o Minervo.

           Carl Smith Sanford, era industrial no ramo de frigorífico  em Nova York, daí a  relação com a firma que lhe contratara. A empresa, também, almejava interesses comerciais na África, porém, Carl Sanford, aconselhou o jovem americano de 25 anos, a seguir para o Brasil, pois tinha mais estrutura e menos perigo.

         Em Recife permaneceu dois anos e com o andamento dos negócios, foi sabedor de que o Estado do Ceará produzia, em quantidade apreciável, peles de caprinos e ovinos, da melhor qualidade. Comunicando à matriz na Filadélfia, John Sanford foi autorizado a seguir para o Ceará, abrir escritório, não somente em Fortaleza, mas também, em outras cidades do interior, desde que a quantidade e a qualidade das peles atendesse  a demanda da Keen Sutterly & Co. na Filadélfia.

         Assim, no início de 1892, Mr. Sanford ausenta-se do escritório em Recife e dirigi-se para a cidade de Fortaleza. Assume a gerência em Recife, o seu principal empregado, o hoje célebre Delmiro Gouveia.

        Em Fortaleza fica mais uma vez informado que na Zona Norte do  Ceará fornecia um percentual representativo de peles dentre o total exportado pelo o Estado, assim como no Piauí nas proximidades da Serra da Ibiapaba na fronteira com o Estado  do Ceará, e toda  essa produção era escoada até Sobral.

        Mesmo com o escritório montado em Fortaleza, viaja a Sobral em Junho de 1892 pelas as razões acima e monta um outro escritório comercial da grande firma americana. Pouco mais de um ano de sua chegada a Sobral, Mr. Sanford noiva e contrai matrimônio (18/11/1893) com Minervina(Minerva) de Almeida Monte, moça da alta sociedade sobralense, e em 1895, a Keen Sutterly & Co encerra suas atividades comerciais no Brasil, fechando seu escritório em Recife e John Sanford desliga-se automaticamente.

        Em Sobral, continua no comércio de peles por mais dois anos, isto é, até 1897, mas com a sua própria razão social e vendendo ao comércio de Fortaleza  . Em 1898, Delmiro Gouveia já é chamado de “rei das peles” do nordeste.

          Cabe observar que John Sanford ficou como gerente, até o final das  atividades da Keen Sutterly & Co. no  Brasil, em 1895, fato desconhecido pelos autores que some com John Sanford do mapa em 1892 quando Delmiro Gouveia assume a gerência em Recife.O único autor que fala de suas atividades pela firma da Filadélfia até 1895 é Paulo de Almeida Sanford.Autores como Jacques Marcovitch(Pioneiros e empreendedores : a saga do desenvolvimento  no Brasil – Volume 3 – 2007) deveria ser banido da literatura econômica brasileira.Por fim cabe mencionar o descaso da literatura econômica foi o editorial de 18/03/1964 do Jornal Correio do Ceará com o seguinte título :”Mr. John Sanford foi colaborador de Delmiro Gouveia e instalou em Sobral a primeira fábrica de açúcar do Ceará”. Na verdade Delmiro Gouveia foi colaborador já que foi empregado do americano. 

           Deste casamento de John Sanford e Minerva Monte nasceram  11 filhos – Carlos, Francisco de Almeida (Almeidinha), que faleceu com 3 anos de idade, Amélia, Paulo, Susana, mais conhecida como Susy, Eduardo, Minerva, Maria, Beatriz, Francisco e Humberto, todos os 10 filhos vivos do casal John e Minerva foram casando e deixando muitos filhos, netos, bisnetos e tataranetos como descendentes.

          Minervina de Almeida Monte, também conhecida como Minerva, nasceu em Sobral – CE no dia 29 de agosto de 1869, filha caçula das 7 irmãs do casal Coronel Francisco de Almeida Monte e Amélia Rosemunda de Almeida Monte, ele nascido em Sobral e ela nascida em Penedo – AL.

         O Coronel Francisco de Almeida Monte, que tinha como profissão a de Ourives, que era na época, uma das profissões mais rendosas. Com o dinheiro ganho da sua profissão de Ourives, comprou várias terras férteis na Serra da Meruoca  ,inclusive, o Sítio Monte que teve a sua casa construída em 1860, e nelas construiu uma refinaria de açúcar, uma fábrica de aguardente, uma fábrica de rapadura, uma fábrica de farinha de mandioca, como também foi o maior produtor de café, milho e feijão da Serra, que com os seus produtos, abastecia Sobral e municípios vizinhos . Era Ten.  Coronel da poderosa Guarda Nacional.

           Com a morte do Coronel Francisco de Almeida Monte, o Sr. John Sanford e sua esposa Minerva se tornaram herdeiros de parte do Sítio Monte, e também comprou parte dos outros herdeiros.

           Com vastas terras em cima da Serra da Meruoca, o Sr. John Sanford passou a exercer as atividades do agronegócio. Em 1908 foi a New York e adquiriu um motor elétrico, impulsionado por dínamo, de grande potência para substituir o trabalho dos animais domésticos, na usina de açúcar, na casa de farinha, na fabricação de aguardente e de rapadura, todos passaram a ser movidas por energia elétrica. A implantação da usina de açúcar está muito bem descrita no discurso de Helvécio de Paula Pessoa Sanford em 1989 no Centenário  : “Em razão da ausência de estradas, o transporte destas peças e máquinas, algumas pesando toneladas, foi uma verdadeira epopeia, muito bem descrita no livro A Família Sanford no Ceará de autoria de um de seus filhos, o Dr. Paulo de Almeida Sanford .” Também fez grandes investimentos na agricultura, na plantação de cana-de-açúcar, milho e café.Por todas essas razões o americano é tido como desbravador e pioneiro,  pois mudou a feição da economia na região.

      “ Sua Industria se desenvolveu até 1937 quando, por imposições do recém criado Instituto do Açúcar e do Álcool, passou a sofrer limitações de cotas de produção cada vez menores, acabando por tornar economicamente inviável a continuidade do empreendimento, levando Mr. Sanford a dedicar-se tão somente às atividades do sítio, desfazendo-se das maquinarias que, durante 4 décadas, marcaram a presença da 1ª agro-industria no topo da Meruoca”. (Helvécio de Paula Pessoa Sanford – Centenário – 1989 )

              John Sanford desenhou, projetou e  construiu a sua própria casa em Sobral. A planta foi elaborada a próprio punho em 1912 e a original pertence a Túlio Braga Paracampos  .A casa foi construída em 1914 na esquina das ruas Conselheiro José Júlio e Ildefonso Cavalcante e hoje é o Colégio Ribeiro Ramos.

             Obras Públicas  : 1915 - 1917 - contribuiu na construção da estrada de rodagem de Sobral-Meruoca, desde seus estudos técnicos até o final de sua construção; 1918 - 1920 - dirigiu a construção da rodovia Meruoca-Massapê, também desde os estudos até o final da construção; 1932 - cooperou na construção da estrada de rodagem de Fortaleza-Sobral, no trecho compreendido entre Itapajé e Patos; 1921 - 1923 - convidado pela companhia Norton Griffiths & Co. Ltda, para dirigir a construção do açude Patu em Senador Pompeu.

         O Major Sanford dirigiu a construção da rodovia Meruoca-Massapê no período 1918-1920. Assinalemos que foi ele, que conduziu a Massapê o primeiro  veículo automóvel que percorreu as ruas daquela cidade – um caminhão Ford, que servia para o transporte de material na referida rodovia. Era seu motorista o cidadão Antônio Divino, carpinteiro do serviço da construção da estrada e, depois elevado à categoria de motorista.

     “O mundo moderno começou em 29 de maio de 1919, quando fotografias de um eclipse solar, tiradas na Ilha do Príncipe, na África Ocidental, precisamente, no golfo da Guiné, e em Sobral, no Brasil, confirmaram a verdade da nova teoria do universo. A cidade entrou para o cenário mundial como palco da descoberta mais importante da Física: a Teoria da Relatividade”.

        “Os resultados viriam a comprovar a deflexão da luz nas proximidades do Sol, como prevista pela Teoria Geral da Relatividade de Einstein.”

        Os cálculos confirmaram a previsão de Einstein, baseada na Teoria da Relatividade Geral, de que a deflexão dos raios luminosos das estrelas era o dobro do que era previsto pela Teoria da Gravitação Universal de Isaac Newton.

      “O problema concebido pelo meu cérebro , incumbiu-se de resolvê-lo o luminoso céu do Brasil”

       Albert Einstein - 21 de março de 1925  - Rio de Janeiro.

         Para a Ilha do Príncipe foi enviada uma equipe inglesa chefiada por Arthur Eddington e outra para Sobral, liderada pelos astrônomos ingleses Andrew  C. D. Crommelin e Charles  R.  Davidson do  Observatório  de  Greenwich. Além das equipes inglesas estavam presentes na época em Sobral a Comissão Americana, comandada por Daniel Wise e Andrews Thompson e a Comissão  Brasileira, chefiada  pelo  Dr.  Henrique  Morize, diretor  do  Observatório Nacional.

       As experiências na Ilha do Príncipe não foram muito bem sucedidas. Houve uma tempestade. Nuvens ficaram à frente dos astros. As de Sobral, no entanto, puderam ser consideradas um sucesso pelas melhores condições climáticas.

        “ O eclipse solar de 1919 ofereceu as melhores perspectivas até hoje, por ter sido excepcionalmente longo, (em torno de 6 minutos) e pelo Sol ter passado sobre um campo rico de estrelas brilhantes (aglomerado das Hyades). Nunca mais houve um eclipse solar tão favorável quanto esse para medir a deflexão da luz”.

     A falha de reconhecimento à importância de Sobral precisa ser corrigida, não só porque a demonstração da deflexão aconteceu aqui, mas, porque o sucesso da missão inglesa que comprovou a teoria de Einstein se deveu, em parte, ao apoio logístico, especialmente, telégrafo e via férrea, e  levantamentos climáticos feitos por Henrique Morize.

       “Os dois habitantes que dominavam a língua inglesa estiveram presentes: Dr. Leocádio Araújo, que tinha estudado agricultura nos Estados Unidos e agora integrava uma Comissão agrícola a serviço do governo - ele estava permanentemente conosco como intérprete e auxiliar durante a nossa estadia, e muito do nosso sucesso é devido ao seu confiável interesse e gentileza; e o Sr. John Sandford, genuinamente dos Estados Unidos.” Diário resumo de Andrew Crommelin – The Eclipse Expedition to Sobral.

       No Jornal do Brasil de 04/04/1979  , Ronaldo Mourão,principal astrônomo brasileiro, cita o americano em um parágrafo no que se refere ao eclipse de Sobral:“Uma enorme delegação os esperava na estação , inclusive os dois únicos habitantes que falavam inglês , o norte-americano John Sandford e o engenheiro Leocádio Araújo.Este último tendo estudado agronomia nos Estados Unidos , falava muito em inglês,razão pela qual,daquele momento em diante , se juntaria à comissão inglesa,para servir de interprete”.

      O mesmo astrônomo cita o americano em seu livro Einstein  : de Sobral para o mundo : “Mr. John Roshore Sanford, norte-americano nascido em Nova Iorque. Após ter usado o Instituto Politécnico de Brooklin, veio para o Brasil. Residiu em Recife e em Fortaleza. Fixou-se em Sobral, onde ocupou-se do comércio de couros e peles. Casou-se com a cearense Minervina de Almeida Monte. Desenvolveu várias atividades na Serra de Meruoca, onde instalou no sítio Monte, a primeira usina de açúcar de Sobral”.

            Em comemoração aos 80 anos da comprovação da Teoria da Relatividade em Sobral, foi inaugurado o Museu do Eclipse.

          Construído na Praça do Patrocínio, o Museu do Eclipse está localizado no ponto de onde foi observado o eclipse de 1919.

         No referido museu existe a foto de Charles Davidson , Henrique Morize e o resto da comissão brasileira do Observatório Nacional no Sítio Monte , assim como, a luneta usada pelo chefe da comissão brasileira. 

           Emerson Ferreira de Almeida é  Mestre em Física, professor assist. do Curso de Física da UVA e Direção Técnico Científica do Parque da Luz (Museu do Eclipse, Planetário e Observatório Henrique Morize) . Cedeu à família o diário resumo de Andrew Crommelin escrito em inglês onde o  norte-americano é citado como interprete na chegada da comissão inglesa à Sobral.Cedeu várias informações da participação do nosso ancestral maior no eclipse de 1919 , assim como , escreveu um artigo sobre a possibilidade das bases dos telescópios tenham sido feitas por Mr. Sanford.

         “ Como preparação da vinda das expedições de astrônomos para Sobral era necessário construir no local dos acampamentos, bases de alvenaria, com resistência e geometria adequadas para os telescópios que as expedições brasileiras, britânica e norte-americanas trariam. Era um serviço de precisão pois a correta instalação dos telescópios faria diferença na qualidade da medida.

          Deste modo  uma outra pessoa que pode ter colaborado com este serviço, além dos mestres de obra locais pode ter sido o Sr. John Sanford, pois o mesmo tinha demonstrado excelente entendimento das questões de instalação de maquinário, (entendimento este vindo de sua educação no Brooklyn Polytechnic Institute of NY) como atesta seu sucesso nas instalações em seu sítio na Serra da Meruoca (Sítio Monte) seu entendimento das especificações técnicas enviadas por Morize faria muita diferença e seria natural que o mesmo fosse consultado ou acompanhasse as obras de levantamento destas bases, que apesar de serem de pequeno porte, tinham que ser bem precisas.

          A residência dos Sanford, em Sobral, ficava bem próxima do local de instalação dos acampamentos ( esta casa hoje abriga o Colégio Ribeiro Ramos) de modo que visitas do Senhor Sanford podiam ser facilitadas de modo a assegurar a qualidade do serviço, repito, em face de sua experiência com instalações.

          Mas uma certeza sobre esta opinião somente poderia ser tirada com registros da época, no caso poderia ser citada esta situação na correspondência que Henrique Morize recebeu  , à época de seus interlocutores em Sobral, o Sr. Leocádio Araújo, o Sr. Saboya ou mesmo o bispo Dom José, onde foram tratados diversos assuntos referentes a vinda das expedições, inclusive as obras de preparação para instalação dos equipamentos

         Este Material está em acervo no Museu de Astronomia e Ciências Afins, localizado no Rio de Janeiro.Uma leitura desta correspondência ou mesmo de diários de Henrique Morize, ajudaria a entender a participação dos diversos indivíduos, moradores de Sobral, antes da chegada e durante a permanência das expedições de astrônomos em nossa localidade”.

          Carmen Sílvia Fontenelle de Mendonça e Alexandre Fontenelle Vasconcelos visitaram no dia 16/02/2016 o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e o Observatório Nacional (ON), ambos localizados no Rio de Janeiro, com o intuito de pesquisas da participação do norte-americano John Sanford no Eclipse de Sobral em 1919 e fomos conectados através do Professor Emerson  F. de Almeida. Foram recebidos por Everaldo Pereira Frade, coordenador do CDA (Coordenação Documentação e Arquivo) do Mast. Meses depois foram comunicados que não foi encontrado nenhuma carta ou correspondência da participação do americano no eclipse e lamentaram que muita coisa foi extraviada , pois a família de Ronaldo Mourão após a sua morte jogou um acervo de seu material no lixo.

         Nada invalida a teoria das bases dos telescópios, pois ainda poderão serem feitas pesquisas no Observatório de Greenwich em Londres, no diário geral de Andrew  C. D. Crommelin  e salientamos que as pesquisas de John Sanford no Eclipse, foram fundamentadas em relatos de Armando Sanford Lima.   

        John  Sanford perdeu tragicamente a sua mão direita na engrenagem do Engenho Cel. Almeida no Sítio Almas no dia 30/09/1926, aos 62 anos de idade. Foi hospitalizado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral para tratamento cirúrgico com o diagnóstico de fratura dos ossos do metacarpo e sendo atendido pelo Dr. Manoel Marinho. Como na época em Sobral não tinha o processo de incineração, foi preciso Dona Minerva pedir para o Bispo Dom José, a autorização para a mão ser enterrada no cemitério, já que John Sanford era protestante. O curioso é que mesmo com dificuldades, conseguiu escrever com a mão esquerda.

          Em 18/11/1943 acontece as Bodas de Ouro do casal John Sanford-Minerva Sanford, no pátio interno da casa residencial em Sobral. O casal, os 10 filhos ,genros , noras e netos. Somente 50 anos após, por ocasião da celebração das Bodas de Ouro é que o casal recebeu a benção nupcial na Igreja do Patrocínio, concebida por Dom José Tupinambá da Frota, primeiro bispo de Sobral. É dessa ocasião a foto mais clássica da família.

         A Avenida John Sanford é inaugurada em 1966, pelo Prefeito Cesário Barreto Lima. Por coincidência é uma via de acesso à Serra da Meruoca e contem um metrô de superfície tamanha a sua importância para a cidade de Sobral.  

        Esse trabalho visa exclusivamente a estória do americano John Sanford , mas destacamos a importância das gerações seguintes para a importância do Estado do Ceará onde o ápice foi um almoço oferecido por Marcelo Sanford Barros para o ex Presidente Juscelino Kubitschek onde estavam presentes alguns políticos importantes da época , assim como , seus familiares tais como , Paulo de Almeida Sanford , Haroldo Sanford Barros , Heraldo Sanford Barros , João de Paula Pessoa Sanford e Helvécio de Paula Pessoa Sanford . Estavam ausentes o líder político da família Sanford , o deputado Chico Monte já falecido e Eduardo de Almeida  Sanford.

 

Fortaleza 07/07/2021

Alexandre Fontenelle Vasconcelos

bottom of page